quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Quero Ser Escritor - 15 - Os Limites da Prosa!?!?!?


 Os Limites da Prosa - não existe limites. Nem limites para a imaginação, nem limites para o que o papel/tela recebe (tinta, escrita, manchas e outras).
Uma faca de dois gumes, esta falta de limites!
Como ser ilimitado?
Esta é a questão. Quanto mais elaborada a prosa, mais puro e consistente se torna o estilo do autor. E quanto mais pura a prosa mais seu sentido é perdido! -  Citação de Felippe Cordeiro sobre o debate com J. Banville
Acredito que o que nos trava na hora de escrever são nossos próprios limites.
Os limites básicos – falta de leitura ou do hábito de escrever, pouco ou nenhum conhecimento estrutural.
O escritor que não domina sua própria língua se torna escravo de fórmulas prontas. Sua visão única – todas são únicas – é descrita com clichês e lugares comuns, sua identidade se perde no universo da mesmisse.
Limites Lógicos – o mundo real funciona segundo uma lógica (matemática, física, química, biológica e moral)
Perdido em explicações e descrições para justificar seu escrito dentro deste mundo real, aquilo seria prosa imaginativa e fértil, torna-se compêndio do inexistente.
Limites Ideológicos – o que aprendemos como o certo, aquilo que “vale a pena ser transmitido”
Enquanto a ética nos mantém agregados e seguindo a linha da evolução física, ela nos impõe uma barreira ao novo, quebrar esta barreira não é fácil. Consiste em descobrir dentro da nossa escrita uma ética própria, capaz de fazer as histórias evoluírem e corroborando ou criticando ideologicamente nossa verdade.
Limites Psicológicos – ao contrário da tela/papel à nossa frente, não somos uma página em branco.
Todas as experiências que carregamos; boas ou más, estarão presentes no que escrevemos. E isto precisa ficar claro para quem escreve. É catarse o que se busca? Redenção? O auto conhecimento pode ser um abismo sem fim ou a chave para a liberdade.
Acho que para escrever sem limites é preciso conhecer onde está esta linha e ultrapassá-la com a certeza de que quem está dentro do limite (o leitor) será capaz de nos perceber do lado de fora.
“A busca pela verdade não existe. O que existe é a jornada pela sua própria verdade e a necessidade de se aparecer desnudo” J. Banville.

Veja a lição anterior aqui!


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