Muito se fala do movimento Old School, aqui também chamado carinhosamente de Escolavéia. No entanto, pouco falamos de nostalgia que muitos jogos nos trazem. Falo de uma época em que os sistemas não eram tão sofisticados e, que porém, buscavam certo simulacionismo. O próprio AD&D (1ª e 2ª edicções) apareceu com regras específicas dando mais sabor ao jogo. Menciono aqui também o GURPS, com regras até para cavar buracos.
Existia uma fantasia mais simples, mais anões e sem eladrins. Famosos elfos e drows e nenhum thiefling. A simplicidade nem sempre era sinônimo de uma história rasa. Na esfera do Dungeons & Dragons , mundos e mais mundos foram criados para servir de cenário. Posso citar aqui o Mystara e o Greyhawk que disputam a fama de mais antigo; o mais que popular Forgotten Realms; Dragonlance, sempre romântico e o tenebroso Ravenloft. Haviam os menos cotados, porém importantíssimos, Lankhmar, Birthright, Al Qadim (que fazia parte do Forgotten Realms), Oriental Adventures, que me remonta à uma era dourada que que não se misturava monges kung fu nos grupos de personagens ocidentais.
O detalhamento dos cenários e sistemas nesse tempo não atropelavam a sua criatividade, seja como mestre ou como jogador. Existia mais espaço para criar. Reparo hoje que os livros trazem tudo pronto, sobrando pouco espaço para a criação. Creio que seja uma expressão dos tempos atuais. Não quero parecer o rabugento grognard que com o bordão "no meu tempo era tudo melhor". Pelo menos não na minha estreia aqui!
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